sexta-feira, 27 de junho de 2014


‘’O modelo dos modelos’’

Italo Calvino

‘’O livro é um mundo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive’’. Pr. Antonio Vieira.

O texto oferece ao leitor uma viagem pelos pensamentos de Palomar nas mais diversas situações quotidianas, observador incansável dos mistérios do mundo. Assim deve ser os professores de AEE que busquem permanentemente um fio condutor que una as múltiplas realidades fragmentadas.

Partindo das reflexões propostas pelo autor em seus escritos “O modelo dos modelos,” podemos estabelecer relações com o Atendimento Educacional Especializado procurando controlar tudo, o Senhor Palomar era impaciente e alcançava encontrar resultados completos e definitivos para suas indagações, assim deve ser os professores de AEE não impacientes, mas paciente com a certeza de que os objetivos serão alcançados, não de imediatos afinal estamos lutando com seres humanos de historia de vida diferente e que merecem total atenção por parte de todos, seja família, escola e sociedade.

A escrita de Calvino reflete com sensibilidade a condição de como o AEE deve realizar o sucesso das crianças que precisam desse atendimento. Tenho certeza que todos têm algo a aprender com o Senhor Palomar.

Assim como Italo Calvino nos convida ao misterioso mundo do cotidiano, somos convidados a fazer valer acontecer à inclusão, principalmente sendo o AEE a chave para que as crianças adquiram autonomia. Importante lembrar sobre o momento em que o professor avalia o aluno e a forma como isso é feito. Não é das tarefas mais fáceis, principalmente quando se pretende derramar uma atenção especial a sua amplitude e perceber as varias complexidades de que é compostas a personalidade desse aluno. Mesmo assim o professor mantém seu olhar de observador, quando pensa ter avaliado o necessário, eis que percebe que a cada momento faz novas descobertas, pois, o aluno se encontra em constante evolução.

 

 

 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Intervenções que o professor do AEE poderá realizar para efetivar o desenvolvimento do aluno.

Essa atividade se destina a qualquer público com TGD/TEA. Podendo ser desenvolvida na sala de aula, no AEE, no laboratório de informática e outros ambientes da escola.

Toca do Coelho
Toca do coelho é um jogo que tem por objetivo colocar a bolinha dentro dos copinhos (tocas) apenas movimentando. Pode ser confeccionados com uma caixa redonda, copos de Danone, uma bolinha  de gude, pode-se trabalhar com números ou letras.
Esse jogo é importante para desenvolver a coordenação, auxilia na atenção e nas estratégias para alcançar o seu objetivo.
                       
O professor de AEE deve disponibilizar para os alunos atividades lúdicas, pela importância que estas têm para o bom desenvolvimento da aprendizagem, os jogos devem fazer parte das propostas pedagógicas das salas de AEE e das salas de aula comum, brincando também se aprende, visto que vários autores se dedicaram a desenvolver teorias que ressalta o jogo como um recurso de aprendizagem. Através do jogo a criança não só aprende ler e escrever, mas outras habilidades que perpassam por toda sua existência, ampliando as formas de comunicação, comportamento e interação social.]

A Tecnologia Assistiva, segundo Bersch (2006, p.2), ”deve ser entendida como um auxilio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária.

        

                               

                              



sábado, 19 de abril de 2014


 

Atendimento Educacional Especializado – AEE

Informativo diferenciando SURDOCEGUEIRA de DMU.

Lianauda Aquino



Segundo o fascículo AEE DMU, as pessoas com surdocegueira estão divididas em quatro categorias: Surdos e se tornam cegos; pessoas que se tornaram surdocegas; pessoas que nasceram com surdocegueira, ou se tornaram surdocegas antes de terem aprendido alguma linguagem.

A surdocegueira é uma deficiência única em que o individuo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado surdocegueira a pessoa que apresenta estas duas limitações, independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida e não é deficiência múltipla.

Quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência pode ser considerada deficiência múltipla. É uma condição heterogenia que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social. As pessoas com deficiência múltipla apresentam características especificas individuais, singulares e não apresentam necessariamente ao mesmo tipo de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência intelectual, deficiência auditiva e deficiência intelectual, deficiência auditiva e autismo entre outras.

A necessidade básica do ser humano, independente da habilidade ou nível de desenvolvimento cognitivo, é de comunicação. Isso significa compartilhar sentimentos, desejos, ações, experiências e pensamentos.

As crianças com múltipla deficiência geralmente apresentam dificuldade de comunicar. A maior parte desses alunos não apresenta linguagem verbal, mas pode comunicar-se por gestos, olhar, movimentos corporais mínimos, sinais, objetos e símbolos. Necessitam para isso, de pessoas interativas, receptivas que ofereçam apoio e incentivem esse processo de comunicação não verbal.

Devemos considerar os símbolos e os gestos, considerando primeiro o seu estagio de comunicação e suas habilidades motoras antes de optar por um sistema, o uso de fotos, objetos concretos, desenhos, contorno, são sistemas que devem ser levados em consideração tanto para o estagio pré- simbólico como simbólico.

Abril de 2014

 

 

sábado, 8 de março de 2014




Atendimento Educacional Especializado

 


AEE Para alunos com Surdez

Conforme nos lembra Damázio, Alves e Ferreira (2009, p.08)

“Pensar e construir uma prática pedagógica, que se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez, é fazer com que está instituição esteja preparada para compreender essa pessoa em suas potencialidades, singularidades e diferenças e em seus contextos de vida”.

As experiências por mim vividas, que resultaram nas idéias e alternativas que aqui proponho, foram marcadas pela presença e participação de muitas pessoas. Sou profundamente grata a tutora Alessandra, a Grasi, aos companheiros de estudo, a vários autores, em especial Damázio pelo privilegio de compartilhar sua sabedoria, na condição de aprendiz, assim como de usufruir seu estimulo e de sua disponibilidade. Gostaria de deixar um carinho especial ás crianças e professores com quem tenho trabalhado nos últimos anos, tentando compreender melhor como se aprende e se pode ensinar Pessoas com Surdez.

Infelizmente, a cultura surda é bastante pobre. Se na escola os professores agissem como eu almejo, tenho certeza de que as pessoas com surdez cresceriam mais culturalmente. Não estou querendo me colocar num pedestal, mas na minha vida como surdez, e com tantos anos de trabalho com alunos com Surdez, sempre pesquisando, comprando livros e lendo bastante, vi e vejo que essa é uma forma positiva de ampliar o conhecimento das pessoas com surdez. Infelizmente, os trabalhos são muito diversificados nas escolas, não há ainda uma forma homogênea de educação para a surdez e isso é ate normal, pois, enquanto alguns preferem a comunicação total, outros, o bilingüismo, outros, a língua de sinais, outros, o português sinalizado e, ainda outros, a língua oral. Assim, percebe-se que nem a pessoa com surdez consegue saber qual seria o melhor caminho a ser adotado. Porem, sem duvida, o caminho mais importante é dar a eles meios de comunicação seguros.

(RELATO ESCRITO DE DALVA, PROFESSORA SURDA.)

 

Educação Escolar Inclusiva Para Pessoas com Surdez.

Estudos realizados na ultima década do século XX e inicio do século XXI, por diversos autores e pesquisadores oferecem contribuições á educação de alunos com surdez na escola comum ressaltando a valorização das diferenças no convívio social e o reconhecimento do potencial de cada ser humano.

A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil ate a educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessite para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso pais.

A escola Inclusiva de pessoas com surdez requer que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula comum como no Atendimento Educacional Especializado. Conforme Dorziat (1998), o aperfeiçoamento da escola em favor de todos os alunos é primordial. Esta autora observa que os professores precisam conhecer e usar a língua de sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples adoção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno com surdez. Mais do que a utilização de uma língua, os alunos com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas capacidades, em todos os sentidos. De acordo com Mantoan “a escola tem que ser esse lugar em que as crianças tenham a oportunidade de serem elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas.”

O Atendimento Educacional Especializado Para Alunos com Surdez: Uma Proposta Inclusiva

O Trabalho pedagógico com os alunos com surdez nas escolas comuns deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngüe, espaço esse em que se utilize a língua de sinais e a língua portuguesa.

Vejamos os três momentos-didáticos do AEE:

AEE EM LIBRAS:
 
Esse atendimento deve acontecer diariamente, em horário contrario ao das aulas, na sala de aula comum. A organização didática desse espaço implica o uso de muitas imagens visuais e de todo tipo de referencias que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos curriculares em estudo, na sala de aula comum. O momento do planejamento do AEE é feito pelo professor especializado, professor da sala comum e professores de língua portuguesa.
AEE DE LIBRAS:
 
 
Este momento inicia com o diagnostico do aluno, e o trabalho é realizado pelo professor e ou instrutor de Libras. O atendimento deve ser planejado a partir do conhecimento e diagnostico que o aluno tem a respeito da língua de sinais.
 
AEE DE LÍNGUA PORTUGUESA:
 
O AEE para o ensino de Língua Portuguesa exige que o profissional conheça muito bem a organização e a estrutura dessa língua, como, metodologias de ensino de segunda língua. O uso de recursos visuais é fundamental para a compreensão da língua portuguesa. O atendimento diário garante a aprendizagem dessa língua pelos alunos e a avaliação do desenvolvimento deve ocorrer continuamente para assegurar que se conheçam os avanços do aluno e para que se possa redefinir o planejamento, se for necessário.
Em suma, o estudo da surdez revela também que temos maneiras diferentes de aprender o mundo. Mostra que o desenvolvimento dessas formas de apreensão é sociocognitivo e não ocorre á margem da linguagem e de sua ação constitutiva com relação ao conhecimento e as praticas humanas.
Fontes de Leitura:
Surdez e linguagem: aspectos e implicações neurolinguistica/Ana Paula Santana- São Paulo: Plexus, 2007
Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção.
Lianauda Aquino
Itapiúna-Ceará
Maio de 2014